Friday, March 28, 2008

Gerês 2008

Local: Gerês
Data: 22 a 24.02.08
Inicio:19h30
Fim: 17h30
Defender Azul - Bernardo e Luis
Defender Branco - João e Hugo
Depois de um longo interregno, os aventureiros perderam-se de novo…
O passeio foi organizado pelo ABarros através do Fórum Land Rover. Tratava-se de um passeio todo-terreno com uma forte componente cultural voltado muito para a família.
O facto de ser no Gerês obrigava a um troço de ligação de grande extensão. Uma das prioridades dos passeios dos Perdidos é evitar ao máximo os troços de ligação em asfalto ma
s neste caso, se quiséssemos chegar a horas ou mesmo só chegar, era obrigatório seguir em estrada. Pela primeira, e talvez última, utilizou-se uma ferramenta perfeitamente dispensável: o GPS. Relembro que esta ferramenta apenas serve para os troços de ligação e, neste caso, pensou-se que poderia ser muito útil devido à distância entre Lisboa e o Campo do Gerês. A viagem de ida correu bem, dentro dos parâmetros do aceitável, evitando sempre estradas com portagens e se possível mesmo as auto-estradas. Velocidade média 80km/h. Foram efectuadas trocas regulares de condutores e de veículos na liderança, o que levou a alguns desentendimentos no caminho a seguir devido à diferença de GPS utilizados. Com o leitão esgotado na Mealhada seguimos mais ricos mas com a promessa de na volta parar lá para comer. Chegamos ao destino às 3:30 da madrugada de sábado. Como seria de esperar o parque de campismo estava fechado mas o guarda lá nos deixou entrar e montar as tendas.

O dia seguinte começou cedo: o inicio do passeio estava marcado para as 9:00 na barragem da Venda Nova. Lá chegámos um bocado atrasados mas dentro do aceitável. A quantidade de Land Rovers estacionados surpreendeu-nos, mas ficamos mesmo espantados quando vimos uns penetras lá no meio! O passeio iniciou-se com mais de 50 máquinas. Seguimos em direcção a Norte e lá abandonámos o asfalto passados alguns quilómetros. O caminho era de fácil condução; a maior dificuldade foi uma subida de forte inclinação que levou ao primeiro engarrafamento. O passeio continuou com a caravana sempre junta e unida. A primeira paragem aconteceu no local da Cerdeira, a tocar o céu, junto a umas antenas, algures a Sul de Paradela. O vento frio gelava quem se aventurava a sair do carro! Lá continuámos em terra mas quase sempre no para-arranca típico de uma hora de ponta numa grande cidade. Quando acabou a terra, a caravana ganhou velocidade voltando só a parar uma vez devido um engarrafamento inesperado para quem está habituado a conduzir num cidade: vacas na estrada!


Por volta da hora de almoço chegámos à aldeia de Pitões das Júnias, que para os habitantes locais é a aldeia mais alta de Portugal Continental, situada a uma cota superior da aldeia de Sabugueiro na serra da Estrela. Trata-se de uma aldeia perdida no meio da serra com muitas casas desabitadas e a precisarem de reabilitação. A vista para o vale de Paradela e contacto com os aldeões compensa a muito bem os quilómetros gastos. Depois do manjar visitou-se o ecomuseu e o forno comunitário. A caravana seguiu depois para o mosteiro de Santa Maria das Júnias. Situado junto a um curso de água que corre em direcção à cascata de Pitões (que infelizmente não tivemos tempo para visitar), encontra-se em ruínas, subsistindo apenas a capela.
Com a tarde a passar, deixámos a aldeia na esperança de em breve voltar a pisar terra. Não aconteceu. Mas o resto do passeio por estradas no meio da serra valeu a pena. É uma região de rara beleza! Com a noite já a dominar o dia e a chuva a obrigar a uma condução mais defensiva, parámos junto à Pedra Bela, que não é mais que um calhau em pé! Também estava de noite e já não se via um palmo à frente por isso damos o desconto à pedra. A vista sobre a albufeira da Caniçada é de cortar a respiração. O passeio terminou na vila do Gerês com a caravana a dispersar. Depois dos agradecimentos voltámos para o parque a horas de conseguir mudar a tenda para um local melhor. O jantar no restaurante do parque incluiu dois costeletões e um misto de grelhados; duas palavras: muito bom! O recolher às tendas foi rápido, apesar do passeio ter sido soft, as poucas horas dormidas na noite anterior obrigavam a uma noite de sono mais completa. Choveu a noite toda!


Como seria de esperar a aventura não acaba nos passeios. A viagem de regresso teve as suas surpresas e levantou as grandes questões: será o GPS um ferramenta útil? Comparativamente ao tradicional mapa quais são as grandes vantagens? Saímos antes do meio-dia e chegámos quase às nove da noite. Tudo bem que na ida fizemos mais horas, mas também apanhámos mais trânsito a sair da área metropolitana de Lisboa e tinha a desvantagem de ser de noite. Mas demorar perto de nove horas, apesar de ir por estradas nacionais e IPs, a chover, e gastando uma hora para almoço nos leitões, é obra!

Thursday, January 17, 2008

Tempos difíceis.

Têm sido tempos difíceis para os aventureiros. Primeiro não houve Crato para nós e segundo não houve Dakar ninguém! Se para o primeiro passeio as coisas não estavam preparadas para o segundo estava tudo, desde dos morfes até às máquinas! Se para nós foi uma desilusão para quem ia participar deve ter sido bem pior. Depois de uma grande aventura o ano passado, a vontade era muita apesar dos condicionalimos que iriam ser impostos. Resta-nos esperar pelo próximo ano. Entretanto não vamos ficar de braços cruzados: dia 23 de Fevereiro já está marcado um passeio um bocado elitista... só para Land Rovers! E talvez, se houver participação, haja qualquer coisa no final deste mês. Isto não pode continuar assim. As aventuras têm de voltar!

Sunday, October 21, 2007

Nova imagem mas a mesma atitude.

Os Perdidos mudaram de imagem. Agora está mais sólida e adulta.
Aproveito para informar que a próxima aventura será no tradicional passeio de S. Martinho no Crato por Quatro!

Thursday, July 12, 2007

Significados

perdidos
masc. plu. de perdido
do Lat. perditu
adj.,
disperso;
sumido;
extraviado;
naufragado;
fig.,
apaixonado em extremo;
devasso;
louco;
corrupto;
gasto em vão;
esquecido;
condenado;
s. m.,
coisa que se perdeu;
pessoa corrompida, desgraçada.
aventura
do Lat. adventura
s. f.,
acção arriscada;
sucesso imprevisto e extraordinário;
proeza guerreira ou amorosa;
acaso, sorte.

Sunday, June 10, 2007

Palavras para quê!

Os restantes todos-terreno que me desculpem mas nenhum chega aos calcanhares do Defender!

http://www.youtube.com/watch?v=AEf0pKdyeyg

Wednesday, June 6, 2007

Só Land Rovers!

Local: Costa Alentejana (Carvalhal - Malhão), Serra do Cercal e Barragem de Campilhas
Data: 30.03 a 01.04.07
Início: 01:00
Fim: desconhecido

Defender 90 Azul - Bernardo, Luís
Defender 90 Branco - João
Range Rover (Fritadeira)- Francisco e Rodolfo
Discovery - Hugo


Ao fim de mais ou menos 9 anos de todo-terreno...finalmente! Um passeio só de Land Rovers!
Começou numa sexta-feira já de madrugada... devido ao "mal planeamento" costume dos nossos passeios. O Defender Azul não estava preparado para sair naquela noite, quanto mais o seu piloto! Mas lá se resolveram as coisas e os quatro verdadeiros todo-terreno meteram-se à estrada. Destino... Na verdade tinhamos ficado com a agradável amostra do piso de areia no último passeio, por isso seguimos em direcção à Comporta. Primeira contrariedade: o ferry do rio Sado já não faz viagens de madrugada. Seguimos pelo mesmo trajecto do passeio de Janeiro, com o Defender Azul à frente da caravana ao som da banda sonora tradicional dos
passeios: Pixies!


Estabelecido o plano (seguir em direcção a Sul junto à costa, a partir da Praia do Carvalhal) havia muito por onde enganar: a noite cerrada, os trilhos de areia não cartografados e a necessidade de ir sempre a abrir nas subidas! Por volta das 5:30, estávamos completamente perdidos! Resolvemos parar para montar acampamento. O descanso não foi muito, eram 9:00 quando todos os aventureiros já estavam acordados. Mais ou menos uma hora e meia depois (tempo perfeitamente aceitável para desmontar duas tendas!), os quatro magníficos tinham os motores a trabalhar e arrancavam em direcção a Sul. Não foi por muito... aquele caminho não tinha saída!
De volta aos trilhos certos, a caravana chega à Lagoa de Melides e imediatamente depois à Lagoa de Santo André. Após uma breve passagem pelo alcatão entre a Aldeia de Brescos e Santo André, seguímos para Oeste em direcção à costa. Entramos numa zona de eucaliptal, onde as autênticas auto-estradas de areia (corta-fogos) permitiam aos pilotos carregar no pedal do acelerador. O Defender Branco mostrou o que é um motor quitado! O Discovery portou-se muito bem, sempre a abrir! O Defender Azul totalmente de origem, apenas equipado com os penus Fedima também não se portou mal. A Range... o que se pode dizer de um motor alimentado a óleo? A verdade é que até se portou muito bem, mas foi traída pela carroçaria/pala que teimava em roçar no pneu. Resolvido o problema, as imponentes máquinas seguiram em direcção a Sines, onde paramos para comer e acabar com o stock de óleo em promoção no Ecomarché.

Continuamos em direcção a Sul pelo asfalto. Voltámos para a terra logo após S. Torpes e seguimos no sentido de Porto Covo onde atravessámos o barranco com o mesmo nome no seu encontro com o Atlântico. Parámos em frente ao forte da Ilha do Pessegueiro onde se resolveu totalmente o problema da RR e prosseguimos para a praia do Malhão sempre pelos caminhos de areia. Estava na altura de rumarmos para Este ao encontro dos trilhos da Serra do Cercal.

Depois de uma rápida passagem pela serra, seguimos para a barragem de Campilhas, ponto habitual de passagem da caravana dos perdidos, que por esta altura se encontrava acima do seu nível de pleno armazenamento. Aqui a adrenalina subiu ao passarmos a vau uma da linhas de água afluentes.
O terreno convidava a "exibições" com a lama a dominar e a sujar os LRs. A Range chegou a atolar sendo puxado pela facilmente pelo Disco. E foi nesta altura, que depois de algumas partidas, a vingança servida através de lama atravessou o vidro do navegador, espalhando-se pelo interior da RR. O espanto apoderou-se de todos nós e depois o riso! A Range passou a andar mais arejada!
A noite estava a cair e decidimos por fim ao longo dia junto à albufeira, onde se manjou um belo petisco de comida enlatada.O passeio continuou no dia seguinte mas infelizmente o Defender Azul regressou a Lisboa nessa noite. Acredito que eles se tenham perdido no dia seguinte mas conseguiram voltar e trazer as fotos.



















Friday, May 11, 2007

Dakar 2007

Local: Comporta, Alcácer do Sal
Data: 06.01.07
Início: 06:30
Fim: 00:30


Defender 90 Azul - Bernardo, Félix e Joãozinho
Defender 90 Branco - João e Luís
UMM - Nuno e Lao

No passado dia 6 de Janeiro metemos-nos ao caminho para seguir o Dakar. O plano era simples: chegar a uma das “zonas espectáculo” perto da Comporta, zona pouco conhecida de qualquer um de nós. Cruzámos parte da caravana das motos e dos carros de apoio na A2, onde saímos na saída de Setúbal de modo a evitar o previsível engarrafamento desta via. Seguimos pela N10 e de seguida pelo IC1 até Alcácer do Sal. Para chegarmos à Comporta, tomámos o caminho mais perto, mais lógico e mais rápido, a N253 que liga Alcácer a Comporta. Foi o que pensaram muitos outros como nós! A fila começava no final da ponte sobre o rio Sado e por isso, tornou-se imperioso pensar numa alternativa. Assim surgiu o plano B: atalhar! Depois de alguns quilómetros completamente perdidos (apenas com o apoio do mapa de estradas da Europcar!) lá encontrámos a N253, no troço já cortado e reservado apenas para a caravana do Dakar. Chegámos a tempo de ver a maioria dos mortards na passagem pela ZE-4. Esta zona espectáculo permitia ver as máquinas em dois locais distintos. Deu para ver um pouco de tudo: O Sousa a parar o Touareg, quedas de mortards, um camião sem pneu! Depois de tanta emoção, decidimos regressar já a tarde ia a meio. O trânsito era intenso na N261. Optámos então pelos estradões de areia paralelos à estrada nacional. Era obrigatório não perder a embalagem nas subidas, caso contrário corríamos o risco de não chegar ao topo… aconteceu várias vezes! Foi aqui que o Defender Branco marcou a diferença em termos de potência. Para o UMM, com limitações de potência e uma idade avançada, as subidas foram sempre um desafio. Os pneus Fedima Extreme que equipavam o Defender Azul e o UMM também pareciam não ajudar em relação aos BFGoodrich Mud do Defender Branco. A noite começava a cair e o objectivo era seguir para Alcacér do Sal, longe da N261 e da N253, o que se tornou dificil uma vez que era necessário contornar a pista da especial. Na escuridão, o líder Defender Azul desceu por um caminho que terminou na pista e não podendo continuar teve que voltar para trás e enfrentar uma subida razoável em areia. Sem possibilidade de ganhar vantagem no balanço, o Defender Azul acelerou para tentar chegar à zona menos inclinada onde o esperavam as restantes máquinas. Nesse preciso momento, o camião 559 Mercedes tripulado por três italianos atola, ficando o pneu direito dianteiro fora da jante. Eis a desculpa que precisavamos para participar no Dakar! A situação do camião era complicada: tinha de se voltar a pôr pneu na jante e enchê-lo com auxílio do compressor incorporado na mesma, completamente enterrada na areia. O camião estava “ligeiramente” inclinado para o lado direito, o suficiente para não ficarmos descansados a trabalhar junto à roda. Chegou mesmo a descair um pouco, assustando quem se encontrava daquele lado. Com os portugas a trabalhar houve alturas em que os italianos só observavam! As horas passavam e ficava tarde para os tugas que ainda tinham de encontrar o caminho de volta, percorrendo alguns quilómetros em areia pela noite cerrada e com alguma neblina à mistura. Deixámos os nossos amigos do 559 que agradeceram (só com palavras!!!) o suor que dispensámos! De volta aos jipes, a subida não foi díficil para o Defender Azul, mas era agora necessário puxar o UMM que não conseguia sair daquela armadilha. Com o guincho do Defender Branco inoperacional (mais tarde descobriu-se que o problema era apenas um mau contacto do comando!) foi o Defender Azul que puxou o velhinho UMM. Com o avançar da noite e visto que o trânsito já ia em Lisboa, a opção agora era regressar a casa pelo asfalto. Mas o esforço elevado num piso muito difícil tinha deixado marcas no UMM: a caixa de velocidade e as redutoras não estavam em boas condições. O passeio tinha obrigatoriamente de chegar ao fim… mas não sem antes levarmos umas recordações para casa quando paramos junto à linha de partida da especial.