Local: Gerês
Data: 22 a 24.02.08
Inicio:19h30
Fim: 17h30
Defender Azul - Bernardo e Luis
Defender Branco - João e Hugo
Depois de um longo interregno, os aventureiros perderam-se de novo…
O passeio foi organizado pelo ABarros através do Fórum Land Rover. Tratava-se de um passeio todo-terreno com uma forte componente cultural voltado muito para a família.
O facto de ser no Gerês obrigava a um troço de ligação de grande extensão. Uma das prioridades dos passeios dos Perdidos é evitar ao máximo os troços de ligação em asfalto mas neste caso, se quiséssemos chegar a horas ou mesmo só chegar, era obrigatório seguir em estrada. Pela primeira, e talvez última, utilizou-se uma ferramenta perfeitamente dispensável: o GPS. Relembro que esta ferramenta apenas serve para os troços de ligação e, neste caso, pensou-se que poderia ser muito útil devido à distância entre Lisboa e o Campo do Gerês. A viagem de ida correu bem, dentro dos parâmetros do aceitável, evitando sempre estradas com portagens e se possível mesmo as auto-estradas. Velocidade média 80km/h. Foram efectuadas trocas regulares de condutores e de veículos na liderança, o que levou a alguns desentendimentos no caminho a seguir devido à diferença de GPS utilizados. Com o leitão esgotado na Mealhada seguimos mais ricos mas com a promessa de na volta parar lá para comer. Chegamos ao destino às 3:30 da madrugada de sábado. Como seria de esperar o parque de campismo estava fechado mas o guarda lá nos deixou entrar e montar as tendas.
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O dia seguinte começou cedo: o inicio do passeio estava marcado para as 9:00 na barragem da Venda Nova. Lá chegámos um bocado atrasados mas dentro do aceitável. A quantidade de Land Rovers estacionados surpreendeu-nos, mas ficamos mesmo espantados quando vimos uns penetras lá no meio! O passeio iniciou-se com mais de 50 máquinas. Seguimos em direcção a Norte e lá abandonámos o asfalto passados alguns quilómetros. O caminho era de fácil condução; a maior dificuldade foi uma subida de forte inclinação que levou ao primeiro engarrafamento. O passeio continuou com a caravana sempre junta e unida. A primeira paragem aconteceu no local da Cerdeira, a tocar o céu, junto a umas antenas, algures a Sul de Paradela. O vento frio gelava quem se aventurava a sair do carro! Lá continuámos em terra mas quase sempre no para-arranca típico de uma hora de ponta numa grande cidade. Quando acabou a terra, a caravana ganhou velocidade voltando só a parar uma vez devido um engarrafamento inesperado para quem está habituado a conduzir num cidade: vacas na estrada!
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Por volta da hora de almoço chegámos à aldeia de Pitões das Júnias, que para os habitantes locais é a aldeia mais alta de Portugal Continental, situada a uma cota superior da aldeia de Sabugueiro na serra da Estrela. Trata-se de uma aldeia perdida no meio da serra com muitas casas desabitadas e a precisarem de reabilitação. A vista para o vale de Paradela e contacto com os aldeões compensa a muito bem os quilómetros gastos. Depois do manjar visitou-se o ecomuseu e o forno comunitário. A caravana seguiu depois para o mosteiro de Santa Maria das Júnias. Situado junto a um curso de água que corre em direcção à cascata de Pitões (que infelizmente não tivemos tempo para visitar), encontra-se em ruínas, subsistindo apenas a capela.
Com a tarde a passar, deixámos a aldeia na esperança de em breve voltar a pisar terra. Não aconteceu. Mas o resto do passeio por estradas no meio da serra valeu a pena. É uma região de rara beleza! Com a noite já a dominar o dia e a chuva a obrigar a uma condução mais defensiva, parámos junto à Pedra Bela, que não é mais que um calhau em pé! Também estava de noite e já não se via um palmo à frente por isso damos o desconto à pedra. A vista sobre a albufeira da Caniçada é de cortar a respiração. O passeio terminou na vila do Gerês com a caravana a dispersar. Depois dos agradecimentos voltámos para o parque a horas de conseguir mudar a tenda para um local melhor. O jantar no restaurante do parque incluiu dois costeletões e um misto de grelhados; duas palavras: muito bom! O recolher às tendas foi rápido, apesar do passeio ter sido soft, as poucas horas dormidas na noite anterior obrigavam a uma noite de sono mais completa. Choveu a noite toda!![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNGa0X4uWTik3Qyrth_pk-7i1ZGorGUiHmagRRvYOuIqIULe93lL9BxzO1R9tHN8a6ZPNGm12AHMtnHzHhraKpA0QIJkKPm9MkMnC5hzqtpKr9zTm39n_3obcL-EQaCNL7-6sNxmYNTxKZ/s200/DSC_0835.JPG)
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Como seria de esperar a aventura não acaba nos passeios. A viagem de regresso teve as suas surpresas e levantou as grandes questões: será o GPS um ferramenta útil? Comparativamente ao tradicional mapa quais são as grandes vantagens? Saímos antes do meio-dia e chegámos quase às nove da noite. Tudo bem que na ida fizemos mais horas, mas também apanhámos mais trânsito a sair da área metropolitana de Lisboa e tinha a desvantagem de ser de noite. Mas demorar perto de nove horas, apesar de ir por estradas nacionais e IPs, a chover, e gastando uma hora para almoço nos leitões, é obra!